Sofia Sousa Silva

Desde que se divulgó su obra en Brasil, en 2001, Adília Lopes ha sido objeto de amplia atención por parte de poetas y de la crítica universitaria. Hay tesis y artículos académicos sobre ella, está presente de manera constante en blogs y en epígrafes de libros de poesía. Tal vez a causa del modernismo brasilero, de la tradición del poema corto, del poema “piada”, el coloquialismo fuerte de Adília Lopes, así como su humor —“disposición para reír, o por lo menos sonreír, de cosas o situaciones que tomadas en serio serían demasiado penosas o repugnantes”, como lo define Manuel Bandeira (1997, p. 152)— encontraron luego admiradores entre los lectores de poesía en Brasil. Recibió menos atención, entre tanto, el modo cómo su poesía constantemente re-trabaja discursos recibidos, tanto de la tradición literaria como de proverbios, periódicos y revistas o conversaciones oídas. Nos interesa entonces explorar en esta ponencia un poco del modo particular en el que Adília lee la poesía portuguesa, develando nuevas conexiones.

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Como Adília Lopes chegou ao Brasil e o que ficou por dizer então

Desde a divulgação da sua obra do Brasil, em 2001, Adília Lopes tem sido alvo de muita atenção por parte de poetas e da crítica universitária. Há teses e artigos acadêmicos sobre ela, é presença constante em blogs e em epígrafes de livros de poetas. Talvez por causa do modernismo brasileiro, da tradição do poema curto, do poema “piada“, o forte coloquialismo de Adília Lopes, assim como o seu humour – “disposição para rir, ou pelo menos sorrir, de coisas ou situações que encaradas a sério seriam demasiado penosas ou revoltantes”, como o define Manuel Bandeira (1997, p. 522) − encontraram logo admiradores entre os leitores de poesia no Brasil. Menos atenção recebeu, no entanto, o modo como a sua poesia constantemente retrabalha discursos recebidos – tanto da tradição literária quanto de provérbios, jornais e revistas ou falas ouvidas. Interessa-nos então explorar nesta comunicação um pouco do modo peculiar como Adília lê a poesia portuguesa desvendando novas conexões.